sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011


Hoje chego a conclusão de que vc jamais terá alguém 100% seu... E vc nunca será 100% de ninguém!
É estranho mas vc sempre terá alguém pela metade... Bem no fim... a única pessoa que vc tem é vc mesma!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

O HOMEM DE LATA

...
Quando Dorothy acordou, o sol ia alto. Totó perseguia os pássaros e os esquilos, se divertindo como nunca.
- Precisamos buscar água – lembra Dorothy.
- Para quê? – pergunta o Espantalho.
- Uai! Para lavar o rosto. Beber, também.
- Ainda bem que não preciso disso.
– Nós de carne e osso, sim. Precisamos comer uma comida saudável, dormir um bom sono e beber água potável. Tomar banho, também.
- O que é isso?
- Água limpa e pura, própria para o consumo.
- Bem, vivo sem água. Então vamos em busca de água para você.
Imediatamente, os três deixam a cabana e andam pela floresta até encontrar um regato de água límpida. Dorothy lava o rosto, escova os dentes e senta-se numa pedra para merendar com Totó. De repende, escuta um gemido agonizante.
- Que será isso? – pergunta a menina, apreensiva.
- Nem imagino, parece que vem daquele lado.
Outro gemido, mais dolorido ainda.
- Também acho. Vamos lá – ordena Dorothy.
Totó sai na frente, latindo. A menina e o Espantalho seguem atrás. Poucos metros adiante avistam um homem deitado ao lado de uma árvore tombada. Aproximam-se mais e viram que ele era feito de lata e estava completamente imóvel, segurando numa das mãos o machado, como se estivesse encantado por uma bruxa.
- Bom dia, rapaz – cumprimenta Dorothy.
- Bom dia, menina – responde o Homem de Lata, gentilmente.
- Você gemeu?
- Sim. Há mais de um ano faço isso, mas ninguém aparece para me socorrer.
- Podemos ajudá-lo?
- Pode, sim. Busque a lata de óleo na minha cabana e lubrifique minhas juntas; estão enferrujadas. Depois disso, ficarei bom novamente.
Dorothy corre à casa do homem de lata, justamente onde passou a noite com o espantalho e Totó, e traz a lata de óleo.
- Começo por onde? – pergunta.
- Pelo pescoço – pede o homem de lata.
A menina lubrifica todas as articulações do pescoço. Estava tão emperrado que o Espantalho foi obrigado a pegar a cabeça do homem de lata, movê-la lentamente de um lado para o outro, até voltar a funcionar sozinha. Em seguida, foi a vez das juntas dos braços e das pernas.
Livre da ferrugem, o homem de lata suspira com alívio:
- Obrigado. Sem ajuda de vocês, passaria o resto da vida neste lugar, totalmente imobilizado.
- Não se preocupe. Faríamos isso para qualquer um numa situação assim.
- Belo gesto, menina. Qual o seu nome?
- Dorothy. E o seu?
- Quando era de carne e osso, era Tonho. Depois que fui reconstruído com lata, o pessoal começou a me chamar de Homem-de-Lata.
- Então, era de carne e osso? Aposto que foi encantado pela bruxa má!
- Mais ou menos. Depois, na minha casa, conta a história para vocês. Afinal, que fazem por aqui?
- Vamos à Cidade das Esmeraldas falar com o Grande Oz.
- Para quê?
- Quero voltar para o Kansas e o Espantalho vai pedir um cérebro ao Grande Mágico.
O Homem de Lata, depois de pensar um instante:
- Não tenho coração. Será que Oz me daria um?
- Acho que sim. Seria tão fácil como dar cérebro ao Espantalho.
- É verdade! – concorda o Homem de Lata. – Posso acompanhá-los?
- É claro! – balança a cabeça o boneco de palha.
Dorothy também concorda. O Homem de Lata pede para a menina guardar a lata de óleo em sua cesta, enquanto apoiava o machado no ombro; e partem todos a caminho da Cidade das Esmeraldas. Logo na frente o Espantalho leva o primeiro tombo do dia, tropeçando numa pedra.
- Por que não pulou a pedra? – quis saber o Homem de Lata.
- Não tenho cérebro. No lugar dele, apenas palhas. Por isso não raciocino direito.
- Ah, é!...
- Espero ganhar um cérebro do Grande Oz.
O Homem de Lata, depois de uma pausa.
- Para mim, cérebro tem pouca importância.
- Ah!... Isso é porque deve ter um bom cérebro – apressa o Espantalho.
- Não. Minha cabeça é completamente oca. Mas já tive cérebro e coração. E, por ter experimentado os dois, prefiro mil vezes o coração.
- Uai, por quê?
- Isso é uma longa história.
- Prometeu contar para nós – recorda Dorothy.
- Sim, já que insistem. Sempre fui uma criatura normal, filho de um casal de lenhadores. Um dia, logo que virei rapaz, me apaixonei por uma moça muito bonita. Ela também ficou caída de amores por mim e combinamos casar o mais rápido possível. Quando ela disse à velha, com quem trabalhava, que ia se casar e mudar para uma outra cidade foi meu fim. Vendo que a moça ia sair de sua casa, a anciã procurou a Bruxa Malvada e ofereceu duas ovelhas e uma vaca para impedir nosso casamento.
Neste ponto da história, o Homem de Lata faz uma pausa, como se estivesse colocando as idéias em ordem. E continua:
- Não deu outra, a Bruxa Malvada enfeitiçou o machado. Um dia, quando trabalhava, a ferramenta escapuliu de minhas mãos e cortou-me a perna esquerda. Tive que ir a um funileiro para me fazer uma outra perna. De lata, é claro. Mas ficou tão boa quanto à de carne. A Bruxa, ao saber da nova perna, não se conteve. Acreditem!... Mal voltei ao trabalho, o machado decepou minha perna direita – o funileiro outra vez quebrou meu galho. Depois, fiquei sem os braços –mais uma vez o funileiro colocou em mim braços de lata.
E depois de um suspiro:
- Você acha que a Bruxa Malvada me deixou em paz?
Ele mesmo responde:
- Minha filha, a Bruxa não dava trégua. Tiririca de raiva ordenou ao machado que me arrancasse a cabeça e partisse meu corpo em pedaços. Pela quarta vez o bom funileiro me reconstituiu tudo em lata. Mas, para a minha tristeza, não fez coração! Sem coração, perdi todo o amor pela moça. Então, desmanchei o noivado.
Dorothy leva uma das mãos à boca, admirada:
- Você perdeu uma das coisas mais importantes da vida, o amor.
O Homem de Lata abaixa a cabeça.
- Você tem razão. Por outro lado, passei a sentir orgulho do meu novo corpo, resistente ao resistente ao golpe de machado e, em dias de sol, brilhando que é uma beleza. Hoje, só temo a ferrugem. Por isso, ando sempre com a lata de óleo para lubrificar minhas juntas.
- Por que quer um coração?
- Ora!...

terça-feira, 13 de abril de 2010

Dias ruins...


Hoje é certamente mais um daqueles dias em que eu queria apenas ficar bem quietinha, chorar, gritar, dormir em um colo gostoso... E não ter que explicar pra ninguém o porque de estar assim...
Estou triste e como diziam os antigos "mais pra baixo que barriga de cobra"...
Ando num desanimo terrível e nada consegue melhorar isso...
Onde se compram doses de bom humor?
Preciso parar que querer carregar o mundo nas costas...
Preciso parar de fingir o que não sinto e fazer o que não quero só pra agradar...
Preciso chorar...
Preciso gritar...
Preciso urgente de muitas doses de Mim...

quarta-feira, 31 de março de 2010

Desabafo de uma mulher moderna...


"São 6h...

O despertador canta de galo e eu não tenho forças nem para atirá-lo contra a parede...
Estou tão cansada... não queria ter que trabalhar hoje...
Queria ficar em casa, cozinhando, ouvindo música, cantarolando, até...
Se tivesse filhos, gastaria a manhã brincando com eles, se tivesse cachorro, passeando pelas redondezas...
Aquário? Olhando os peixinhos nadarem...
Se eu tivesse tempo... gostaria de fazer alongamento...
Tudo menos sair da cama e ter que engatar uma primeira e colocar o cérebro pra funcionar.

Gostaria de saber quem foi a mentecapta, a infeliz matriz das feministas que teve a estúpida idéia de reivindicar direitos de mulher... queria saber PORQUE ela fez isso conosco, que nascemos depois dela...
Estava tudo tão bom no tempo das nossas avós... elas passavam o dia a bordar, trocar receitas com as amigas, ensinando-se mutuamente segredos de molhos e temperos, de remédios caseiros, lendo bons livros das bibliotecas dos maridos, decorando a casa, podando árvores, plantando flores, colhendo legumes das hortas, educando as crianças, frequentando saraus, ENFIM, a vida era um grande curso de artesanato, medicina alternativa e culinária.

Aí vem uma fulaninha qualquer que não gostava de sutiã nem tão pouco de espartilho, e contamina várias outras rebeldes inconsequentes com ideias mirabolantes sobre "vamos conquistar o nosso espaço"!!!
Que espaço, minha filha???
Você já tinha a casa inteira, o bairro todo, o mundo aos seus pés.
Detinha o domínio completo sobre os homens, eles dependiam de você para comer, vestir, pra tudo!!! Que raio de direitos requerer?
Agora eles estão aí, são homens todos confusos, que não sabem mais que papéis desempenhar na sociedade, fugindo de nós como o diabo foge da cruz...
Essa brincadeira de vocês acabou nos enchendo de deveres, isso sim. E nos lançando no calabouço da solteirice aguda. Antigamente, os casamentos duravam para sempre, tripla jornada era coisa do Bernard do vôlei - e olhe lá,porque naquela época não existia Bernard do vôlei.

PORQUE??? Me digam PORQUE um sexo que tinha tudo do bom e do melhor, que só precisava ser frágil, foi se meter a competir com o macharedo? Olha o tamanho do bíceps deles, e olha o tamanho do nosso. Tava na cara que isso não ia dar certo!!!

Não aguento mais ser obrigada ao ritual diário de fazer escova, maquiar, passar hidratantes, escolher que roupa vestir, e que sapatos combinar, que acessórios usar... Tão cansada de ter que disfarçar meu humor, que sair sempre correndo, ficar engarrafada, correr risco de ser assaltada, de morrer atropelada, passar o dia ereta na frente do computador, com o telefone no ouvido, resolvendo problemas que nem são meus!!!

E como se não bastasse, ser fiscalizada e cobrada de estar sempre em forma, sem estrias, depilada, sorridente, cheirosa, com as unhas feitas, sem falar no currículo impecável, recheado de mestrados, doutorados, e especializações (ufffffffffffffffffff!!!!!!!). ..

Viramos super mulheres e continuamos a ganhar menos do que eles...
Não era muito melhor ter ficado fazendo tricô na cadeira de balanço?

CHEGAAAAAAA!!!... eu quero alguém que pague as minhas contas, abra a porta para eu passar, puxe a cadeira para eu sentar, me mande flores com cartões cheios de poesia, faça serenatas na minha janela... ai, meu Deus, já são 6:30,tenho que levantar!...,
e tem mais, quero alguém que chegue do trabalho, sente no meu sofá, coloque os pés pra cima e diga "meu bem, me traz um cafezinho, por favor?",
descobri que nasci para servir.

Vocês pensam que eu tô ironizando? To falando sério! Estou abdicando do meu posto de mulher moderna....

Troco pelo de Amélia. Alguém se habilita?"

(Autora: uma Executiva P... da Vida)!!!!"

kkkkkkkk
E viva o feriado!!!

quarta-feira, 24 de março de 2010

Deixei de querer "Pouco"


Hoje me olhas e não sabes mais o que quero e eu definitivamente não acredito no que me diz.
Já não sinto mais sua falta.
E agora por mais que fique on... estarei sempre off
Se me procurar, não me encontrara mais.
E eu já deixei de te procurar.
Deixei de lutar.
Desisti!!!

domingo, 21 de março de 2010


"Comprarei um Fusca vermelho,
Providenciarei novos óculos escuros,
Trocarei o tom do batom
E quando o Outono chegar fugiremos para o México,
Ao som de Bajofondo por todo o caminho...
Ao chegarmos, brindaremos com Miqueladas,
Esquentaremos a noite com Kablúa
E jantaremos em um pequeno restaurante,
Com aparência do velho mundo...
Guacamole com totopos,
Enchilhadas,
Mole coloradito
E sorvete frito para fechar o cardápio...
Retornaremos com várias histórias,
Contaremos desventuras,
Amores possíves,
Paixões renovadas
E estaremos revigorados para viver novas fábulas!"

terça-feira, 2 de março de 2010